Você sabe o que é Biopolímero? por Thuanny Moraes.

domingo, dezembro 04, 2011
Biopolímeros são polímeros produzidos por seres vivos. Celulose, amido, quitina, proteínas, péptidos, ADN e ARN são exemplos de biopolímeros, nos quais as unidades monoméricas são, respectivamente, açúcares, aminoácidos e nucleotídeos.


Essa é uma novidade bem interessante e animadora na indústria química, pois o biopolímero além de possuir um baixo custo, se degrada em muito menos tempo que o plástico comum, reduzindo consideravelmente a poluição no meu ambiente, já que o ser humano não tem ainda o discernimento em jogar o lixo no lixo.
O material obtido dos biopolímeros é denominado amido termoplástico, nada mais e nada menos que biodegradáveis, decomposição pelos microorganismos usuais no meio ambiente, e fotodegradável, deterioração com a luz solar.

Um plástico revolucionário no mercado, que se deteriora com a luz solar e pode reduzir a poluição no meio ambiente foi desenvolvido - e patenteado no ano passado - por cientistas do Instituto de Química da UNICAMP. Trata-se do plástico fotodegradável, uma mistura de polietileno - muito usado em embalagens e sacolas - com um polímero orgânico, se decompõe pelo menos duas vezes mais rápido que o plástico comum, que se desfaz em 20 a 30 anos.

O material é resultado da dissertação de Mestrado do pesquisador Ralf Giesse, sob orientação do Prof. Dr. Marco Aurélio De Paoli do Instituto de Química da UNICAMP. As propriedades do plástico foram descobertas por acaso, quando estudava-se a alteração das propriedades de barreira do polietileno. Queria-se checar se o segundo componente - o polímero orgânico - alterava a permeabilidade do polietileno a diferentes gases. Quando o material foi submetido à radiação ultravioleta por longos períodos de tempo, verificou-se que ele ficava amarelado muito antes que o polietileno puro de mesma espessura. Amostras de um filme de polietileno comum e de plástico fotodegradável foram submetidas a 300 horas de irradiação sob uma lâmpada ultravioleta. Ao final do experimento, verificou-se que o polietileno comum estava ligeiramente amarelado, enquanto a mistura de polietileno com o polímero orgânico estava bem amarelado e quebradiço, ou "fotodegradado".

O segundo componente do plástico fotodegradável - o polímero orgânico "secreto" - fica disperso na estrutura do plástico e atua como acelerador do processo de degradação. Com a adição do segundo componente, o tempo de decomposição do material cai pela metade. No final do processo total de degradação, o material acaba voltando à natureza, inclusive sob a forma de dióxido de carbono.

O Prof. De Paoli ressaltou a importância de reduzir o impacto ambiental, causado pelo descarte inadequado de plásticos, comentando que a solução a curtíssimo prazo é a reciclagem do produto; a solução a médio prazo é o uso de plástico fotodegradável e a solução a longo prazo é o uso de plástico biodegradável. No Brasil, são descartadas mais de 100 toneladas por ano de resíduos sólidos e os polímeros representam quase 10% deste total.

O novo produto já obteve licença de patente, em agosto do ano passado, pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) e recebeu o prêmio de menção honrosa, em novembro do mesmo ano, no Prêmio Governador do Estado de São Paulo "O Invento Brasileiro", fornecido aos principais inventos patenteados no Brasil. Algumas empresas já estão interessadas em adotar o plástico fotodegradável em suas linhas de produção, mas não houve, ainda, pedido de licença concedido pela Unicamp.

Fonte: Scielo - Polímeros.

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